Em Eclesiastes, Antigo Testamento, está escrito que há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu: tempo para nascer e tempo para morrer. Tempo para plantar e tempo para colher. Tempo para destruir e construir de novo. Tempo para chorar e tempo para rir. Tempo para calar e tempo para falar.
O tempo é um grande tesouro, diferente, porém, dos que podem ser acumulados ou guardados. Seu valor está diretamente ligado ao aproveitamento que dele fazemos, e isso requer escolhas certas, definição de prioridades, princípios, valores, procedimentos e uma boa dose de compreensão sobre o que realmente vale a pena e o que é ilusão.
Ilusão é a luta desenfreada pelo poder, pelo acúmulo de bens materiais, pelo sucesso, pelos holofotes, pela adoração aos “bezerros de ouro” dos tempos modernos. O tempo é o mesmo para todos, diferente é seu aproveitamento. Em cada forma de existência, o tempo exerce influências muito próprias.
A lei do progresso é imutável, a estagnação contamina a água e o subsolo. Da mesma forma o tempo usado incorretamente contamina a mente e causa adoecimento do corpo físico. A parábola dos talentos nos fala de quem duplicou e do que enterrou o bem recebido. Somos convidados, e desafiados, a utilizar da melhor forma este tesouro chamado tempo.
Muitas vezes temos a sensação que o tempo está escorrendo pelos dedos, que a nossa história já não conta mais, quando vemos companheiros ou companheiras de ontem buscando outras referências. Contudo, quando um ciclo se fecha, outro se abre.
Assim como as lágrimas nos ensinam o valor de um sorriso, as lutas nos ensinam o valor de uma vitória, o tempo nos ensina o valor da espera. Nenhum tempo será perdido e nenhuma semeadura terá sido em vão. Na sabedoria do tempo tudo voltará com facilidade, alegria e glória. Agora e depois.
Iluminação pública
O conselheiro Cezar Miola será o responsável pela análise do novo processo de licitação da iluminação pública de Santa Maria. A nova documentação, com as adequações e correções necessárias, foi entregue dia 13 de março, na sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conforme informações prestadas à coluna por Eduardo Lehnen, coordenador do Grupo Especializado de Fiscalização de Desestatizações do TCE-RS.
A previsão é que o parecer seja dado entre duas ou três semanas, tempo necessário para que a auditoria técnica possa garantir os preceito de legalidade, transparência e legitimidade do documento, atendendo todas as exigências da nova lei de licitações, bem como a resolução 1157/2022, que trata da normatização processual e de procedimentos do Tribunal. A análise está em boas mãos, resta saber como o mercado reagirá.
Como o primeiro leilão deu deserto na B3, Bolsa de Valores de São Paulo, fato raro, espera-se que as adequações tenham sido feitas de forma a tornar o certame mais atrativo, além de dar maior prazo para licitados interessados analisarem e decidirem.
Difícil formar uma opinião sem saber exatamente o que foi alterado.
– Uma questão pode ser a do verificador independente, cuja contratação, com base no edital anterior, deveria ser feita pela contratada, ou seja, a vencedora da licitação pagaria uma empresa para lhe fiscalizar;
– Capacitação técnica: redução de 20 para 10 indicadores;
– Capital mínimo: exigência de constituição de uma SPE (Sociedade de Propósitos Específicos) com um capital integralizado de no mínimo R$ 12 milhões, um alto valor destinado a ficar estagnado;
– Outra adequação que talvez tenha sido feita é quanto à exigência de comprovação de investimentos de R$ 24 milhões (capital de segurança);
Importante saber qual o valor que a vencedora terá que pagar ao município, BRDE e empresa de consultoria.
Outra pergunta: o montante de R$ 700 mil pagos à B3, Bolsa de Valores, inclui todos os serviços ou é por sessão, lembrando que uma já aconteceu? A prefeitura não poderia ter usado os próprios servidores do setor de licitações, barateando custos? Sempre se defendeu a utilização de parceria técnica com a Universidade Federal de Santa Maria para valorizar empresas locais. Não seria o caso?
Em nome da transparência e do interesse público, todas as informações e respostas serão bem-vindas.
Dever de rua
É bem possível que Santa Maria, na escola da opinião pública, conseguisse algumas boas notas. Em alguns itens, porém, seria reprovada. É o caso, por exemplo, do cuidado com os espaços públicos, sejam praças, canteiros, calçadas e ruas.
Na Avenida Assis Brasil (Bairro Itararé), o mato está tornando a via cada vez mais estreita, e perigosa, como mostra a foto. O risco de acidente é iminente, pois é caminho para escolas, posto de saúde, e o comércio do bairro. Como esta, existem muitas outras situações pela cidade...
Maná do “seu Francisco”
Francisco Portella e D. Jurema chegaram há muito tempo na Nova Santa Marta, em busca da “terra prometida”. Ao invés de esperarem pelo alimento dos céus, se transformaram no “maná” dos que não tinham o que comer. Tudo começou há 30 anos, quando uma senhora bateu na casa deles com oito filhos, dizendo que estavam sem comer há mais de 24 horas.
Francisco e Jurema deram um “jeito”, e nunca mais pararam de alimentar moradores próximos ou distantes. O Sopão Comunitário, hoje transformado na ONG Trabalho Social e Solidário, tem mais de 300 famílias cadastradas, servindo sopa todas as quartas-feiras. A ajuda vem do Banco de Alimentos, de entidades espíritas e religiosas que atuam na região e de doadores eventuais.
Concluir a cozinha e criar uma horta comunitária, são os próximos projetos. Quem puder auxiliar, com alimentos, materiais de construção ou com apoio de qualquer natureza, pode usar o Whats (55) 99701-6337. Tem muita gente precisando de ajuda, e muita gente precisando ajudar.
Filosofia aplicada
Em ano eleitoral, sujeito a surpresas, nervosismos e pirotecnias, a máxima filosófica favorita de Pondé, filósofo e palestrante dos mais reconhecidos, pode ser uma boa reflexão: “Você vai patinar nas mesmas coisas de sempre”.
A vida continua, nesta e em outras dimensões!